por ALICE MUNIZ E CAROLINA MOTTA
A Revista Realidade foi criada em 1966, pela Editora Abril. Foi uma revista voltada para os mais diversos assuntos que obtinha uma escrita leve e com muita clareza. Esse novo padrão já era usado nos Estados Unidos (new journalism) e veio para o Brasil.
Guardadas as diferenças entre O Cruzeiro e a revista Diretrizes, é possível afirmar que ambos ajudaram para a consolidação da reportagem na imprensa brasileira, abrindo as portas para o surgimento da revista Realidade.
Ela tinha um modelo inovador, possiblitando maior liberdade para os jornalistas e editores e assim, foi criada a marca registrada da Realidade e a irreverência e criatividade das suas capas.
Numa conjuntura do pós-guerra, o quadro político brasileiro era marcado pelo populismo, o nacionalismo,que então tornava-se intensa. A prática do profissional de imprensa dos anos 60 era influenciada por essas circunstâncias, que podem explicar o surgimento da revista Realidade e o uso de técnicas literárias no seu jornalismo.A tensão do clima político-cultural da época tornou possível a confluência dos profissionais de imprensa e das estruturas partidárias, que movimentaram Realidade.
A Revista passou por fases diferentes: Primeiramente (de 1964 1968) e, talvez a mais importante, trazia grandes temas do momento com matérias totalmente esmiuçadas sobre temas que geravam polêmica. Nesse novo estilo os jornalistas tinham total liberdade para escrever os textos em primeira pessoa, inserir diálogos com travessões, fazer descrições minuciosas de lugares, feições, objetos, alem disso era possível alternar o foco da narrativa de observador para testemunha ou participante dos acontecimentos. Realidade era uma revista que trabalhava com ojornalista, para que ele conseguisse transmitir em suas reportagens uma idéia real do fato, através de entrevistas interativas, com o auxilio de novas técnicas de design e fotografias ousadas.
Mesmo tendo um curto período de existência, a Revista Realidade foi um divisor de águas na imprensa brasileira, rompeu com todos os padrões estruturais, aboliu o jornalismo tradicional questionando o que não era questionado, dizendo o que não era dito de maneira sutil capaz de fazer o público ler entre as entrelinhas e raciocinar por si próprio.
A Revista parou de ser publicada em 1976.
Fontes: Wikipedia e Portal Literal.
Vim conferir. Vou torcer por vcs. Vou ajudar vcs. Sucesso.
ResponderExcluirtenho 22 anos nao conhecia a revista,adorei a proposta,em especial a edicao comentada pela veja,vou torcer por novas edicoes.
ResponderExcluirÓTIMA MATÉRIA SOBRE ESTA ESPETACULAR REVISTA QUE MARCOU ÉPOCA NA IMPRENSA BRASILEIRA. COMPREI VÁRIAS DELAS EM UM SEBO EM BH E EM PERFEITO ESTADO.É FONTE INESGOTÁVEL DE CULTURA E PESQUISAS SOBRE OS MAIS DIVERSOS ASSUNTOS, PRINCIPALMENTE ATÉ 1968, NOS ANOS 70 A REVISTA ENTROU EM DECLÍNIO PRINCIPALMENTE DEPOIS DO AI-5.PARABÉNS PELA BELA REPORTAGEM!
ResponderExcluirTambém tenho como relíquia algumas edições da revista Realidade que contribui muito p/ mudar o cenário Editorial Brasileiro
ResponderExcluiressa revista é raridade .tem valor comercial .quanto? eu tenho a n° 40-a julho de 1969 uma edição especial sobre a viagem a lua.
ResponderExcluirTenho 74 exemplares desta revista .Estão em ótimo estado. Quem se interessar em comprar entre em contato com cecilialacerda46@hotmail.com
ResponderExcluirTive a felicidade de encontrar várias desta excelente revista no sebo do meu amigo Nelinho em BH. O nível da revista é espetacular, as reportagens são do mais alto gabarito e muito acima da média das reportagens de hoje em dia. O período de 1966 a 1968 é o melhor. parabéns pela postagem.
ResponderExcluir